sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Saudades





As saudades são imensas…
Por vezes consomem-me pedaços,
Arrancam-me o ar dos pulmões…
…e morro por breves minutos…

Não acredito na máximo “o tempo cura tudo”…
Sei hoje que isso é mentira,
A única vantagem que o tempo teve foi habituar-me,
Habituar-me á ausência, á falta,
e aprender a viver assim,
sem o meu pai,
sem o porto seguro que me defendia sempre apesar das merdas que eu fazia!!

Aprendi a viver sem ele,
Sim é verdade,
Mas ainda hoje as saudades me matam,

Ainda hoje me lembro dele como se tivesse partido ontem,

Ainda hoje vou na rua e o vejo em cada esquina,
Ás vezes paro a olhar para aquele homem que me parece ser ele,
E deixo-me estar parada a usufruir daquele momento de ilusão,
Que me permite vê-lo a passar por mim na rua…

Cáti,

Sintra, 31 de Outubro de 2014

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