quinta-feira, 18 de junho de 2009

ENTERRAR O NOSSO AMOR NA AREIA






Setembro de 2007


Em alguns momentos,
em que consigo impor o racional ao ímpeto do amor que te sinto,
nesses breves e escassos (muito escassos) momentos,
penso enterrar todo este sentir,
esta história,
esta história só nossa,
este “nós” que nasceu um dia,
do inesperado,
de um quase nada,
do nada que nos ligava,
que era um “olá tudo bem”, pouco mais.

Consigo decidir por escassos segundos,
enterrar o nosso “nós” praia da Adraga,
bem fundo na areia,
passando em seguida as mãos por cima,
tentando deixar esse bocado de areia
igual ao que era antes,
antes de ser remexida,

mas fica contudo no silêncio do meu coração a certeza,
de que depois deste calor,
deste sentir,
destas cores que constroem o cenário desta história,
impossível será algo em mim,
tal como a areia,
ficar igual ao que era...
Porque o que era, era,
nunca mais será,
terminou no dia em que pela primeira vez,
senti os teus lábios colados nos meus!!

E este sentir,
é esta certeza,
que me amedronta,
que apavora a minha alma,
e faz o meu coração querer esconder-se,
é a incerteza de um futuro,
que não sei se tem espaço,
lugar,
tempo para existir!!!

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